O "EFEITO" MARINA SILVA


Ex-seringalista, ex-companheira de Chico Mendes na luta pela preservação da amazônia, ex-ministra do governo Lula, ex-senadora e ex-candidata à presidência da república em 2010 quando obteve mais de vinte milhões de votos no primeiro turno daquela eleição, Marina Silva se apresenta como uma pessoa detentora de inequívocos e interessantes dotes dentro do "novo" cenário da política brasileira, se é que assim possamos conceituar esse momento da vida nacional. Trata-se de pessoa de boa índole, batalhadora, de honestidade não questionada, pacífica, cristã, cidadã, cumpridora de seus deveres, dentre tantas outras virtudes.

Porém, apesar de tudo isso, conseguimos identificar alguns outros aspectos que, a nosso ver, poderão vir a desconfigurá-la como pessoa com capacidade de poder emplacar uma candidatura com reais possibilidades de ser eleita pela maioria da população brasileira como Presidente da República Federativa do Brasil.

Antes que qualquer outra coisa, passa uma postura um tanto quanto arrogante, apesar da fala mansa, agregada a uma falta gritante de sintonia com o linguajar do povo. Fala de questões que o povo não entende. Só os que se acham intelectuais, os que dizem saber das coisas, possuam capacidade para entendê-la integralmente.

Para o povo, o que basta e o que verdadeiramente importa são as questões que lhe batem fortemente à porta todos os dias de suas vidas: alimentação, educação, saúde, emprego, segurança e moradia. O que vier a mais que isso é lucro. Evidente de que não estamos desejosos em descaracterizar todas as preocupações das bandeiras empunhadas pela pré-candidata porém, é preciso descalçar os sapatos da empáfia e comunicar-se com as pessoas que efetivamente detêm o poder neste país, sua população que, a grosso modo, caga e anda, para essas preocupações um tanto quanto irrelevantes e surrealistas para os interesses do dia a dia da maioria da população brasileira. O que preocupa esta população tem solução aqui e agora. É só querer. Ter vontade política é o que está faltando e sempre faltou nesse país.  

Além de todo o exposto anteriormente ainda convivemos com a imodéstia de se imaginar que o quadro eleitoral, ainda não de todo apagado, da eleição passada ainda permaneça congelado, da mesma forma como se apresentou àquela época , quando há especulações quanto à propriedade daqueles mais de vinte milhões de votos obtidos pela ex-candidata naquele pleito, uma vez que não se avalia a diferença do cenário que se apresentava àquela época e o cenário que ora se apresenta.

Os votos são uma propriedade da população eleitora, daqueles que sufragam digitando seu voto na urna eletrônica em dia de eleição, quando o eleitor escolhe, por maioria, seus representantes nas instâncias onde serão discutidos e aprovados seus legítimos interesses.

Os votos não são, nunca foram e nunca serão propriedade de candidato nenhum, vez que não se configura como espólio ou herança concedida a quem quer que seja. Menos! Menos!

Com certeza, mesmo que queiramos por razões de conveniência, não é o mesmo, nem muito menos semelhante. Fatos relevantes e interessantes ocorreram que fizeram com que o novo cenário seja diferente, modificando sobremaneira as distorcidas análises realizadas atualmente, quando a pré-candidata é apresentada como "detentora" de mais de vinte milhões de votos na eleição passada. Um absurdo!

Eleição se assemelha muito ao nascimento de uma nova vida humana. De antemão você sabe que nascerá mais um ser humano tal qual tantos outros seres humanos existentes. Fatalmente ou será masculino ou feminino. Fecundados por um homem e uma mulher. Poderia se tornar uma sequência monótona. Tudo se encaminharia para um finalizar igual a tantos outros porém, o fruto desse processo sempre tem sido e sempre será o nascimento de uma pessoa inusitada, diferente de tantas outras com ocorrência semelhante, nunca igual. É assim a ordem natural das coisas. Serem semelhantes mas, diferentes. 

Infelizmente, o que vemos sempre na grande mídia é a massificação com consequente manipulação das comunicações realizadas com o objetivo de que se possam atingir os objetivos que se desejam alcançar. Daí para diante, as conveniências passarão a fazer parte de todo o processo de gestação de uma ideia que se deseja parir. Tem sido assim, é assim e continuará assim sendo.  

Um forte abraço!
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