CIDADANIA


No mundo antigo, particularmente na Grécia, a condição para um indivíduo ser considerado cidadão era  habitar numa cidade e gozar o direito de viver naquela cidade. Mas somente isso não bastava. Exigia-se, além   destes atributos, que esse indivíduo pertencesse à nobreza local e ter posses.

Hoje em dia a Grécia é considerada o berço da civilização ocidental. Civilização ocidental essa  onde, segundo os arautos de plantão, desenvolve-se o chamado "mundo livre", onde os indivíduos possuem o  direito de ir e vir, liberdade de expressão ampla e irrestrita, democracias fortes e operantes, direitos individuais respeitados, pleno emprego, sem fome, e por aí segue caminhando essa civilização quase perfeita.

Na prática, porém, o que observamos nos remete às mesmas condições vivenciadas na Grécia antiga. Os indivíduos ainda são tratados de forma diferente, a depender da sua condição econômica, financeira e social. A forma como as sociedades desta parte do mundo estão organizadas só privilegia os ganhos de capital e a ganância que traz como consequências a concorrência selvagem e desleal, a corrupção e a violência. Em tese, estas são as diretrizes que sempre foram hegemônicas nas economias dos países ricos e capitalistas, que as impõem aos países emergentes e periféricos.

Tanto quanto os países, suas populações também encontram-se a reboque da lógica que os países ricos impõem. Desta forma a qualidade dos cidadãos desses países padece de uma defasagem na qualificação da sua cidadania. Quanto mais avançamos no tempo menos cidadãos há, consequência de um índice de empobrecimento destas populações cada vez mais elevado.

Com este declínio na condição de cidadão nas populações dos países emergentes, periféricos e com as recorrentes crises econômico/financeiras nas economias das sociedades ricas, principalmente da Europa, fica cada vez mais difícil poder-se exercer a condição de cidadania por parte de cada indivíduo.

Porém, não podemos nos render ao pessimismo. Longe disso. Sempre há uma luz no final do túnel. Essa luz no final do túnel significa que a solução para este problema encontra-se ao alcance de cada pessoa, na medida em que cada um pode e deve repensar como tem se  comportado frente a essa situação.

Como membros do Estado brasileiro estamos reclamando com a veemência necessária o cumprimento dos nossos direitos? 
Como membros do Estado brasileiro estamos executando conscientemente nossos deveres? 
Estamos engajados, atuantes e com disposição para ampliar o raio desta ação?                      
Temos a real consciência de que esta luta nos ajudará a livrar o planeta do caos?

Pois é, nem tudo está perdido. Temos tempo. Temos que nos encher de disposição para ajudar a transformar esta nossa casa num local mais prazeroso e melhor de se viver.

Um forte abraço.     




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